SERÁ QUE TAMBÉM SOMOS TÃO SOLIDÁRIOS COM OS NOSSOS? (texto retirado do Nós por Moura - http://nospormoura.blogs.sapo.pt/

Vimos pelo presente pedir a vossa ajuda para um jovem de 25 anos jovem residente em Santo Amador, concelho de Moura, chamado Ricardo que infelizmente possui uma deficiência de rotação motora a 95% desde que nasceu.

O Ricardo, neste momento tem uma cadeira de rodas fornecida recentemente pela Segurança Social, pena que esta não reúne as condiçoes necessárias para as condições físicas do mesmo, pois é uma cadeira normal,teve de ser adaptada para que o mesmo pudesse estar sentado direito e apoiado sem cair da mesma.
Foi feita uma adaptação que consistiu numa cabeçeira em madeira e esponja, construída manualmente pelo seu pai, pois o Ricardo é já um adulto e faz força com a cabeça e com o tronco e por isso existiu a necessidade de reforçar a mesma... mas esta preciosa ajuda do seu pai em tentar ver o filho mais confortável não teve grande sucesso pois como é óbvio a cadeira e toda a artilharia colocada para o ver mais confortável parte-se e é necessário voltar a inventar soluções que duram pouco tempo.
Tendo conhecimento do projecto "tampinhas", decidimos que esta seria uma alternativa para conseguir a cadeira, uma vez que a actual todos os dias tem de ser reforçada.
Começou então a luta e a divulgação para que todos juntos conseguíssemos dar dignidade à vida de Ricardo.
Mas recentemente, soubemos que a APPACDM (Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Moura juntou "tampinhas" e a própria Câmara de Moura ajudou na entrega das mesmas, colocando à disposição carrinhas e funcionários, para efectuar o transporte para instituições/empresas que as recebem e em troca dariam cadeiras de rodas para ajudar a APPACDM de Moura.
Mas tudo não passou de um sonho, essas empresas/instituições negaram à APPACDM de Moura a ajuda pelo simples facto de esta instituição não ter sede no Algarve ou em Lisboa, ou seja, só ajudavam instituições e pessoas que tivessem no concelho onde estava instalada a empresa/instituição que fazia a troca.
Todas as "tampinhas" juntadas pela APPACDM de Moura foram parar ao ecoponto.
Contactamos à posteriori as mesmas empresas devido a este caso do Ricardo e a resposta foi a mesma: O Ricardo não tem residencia nem em Lisboa nem no Algarve onde se encontram estas instituições e empresas que fazem a troca e então não podemos fazer nada.
Após vários meses a juntar "tampinhas" para a nova cadeira de Ricardo, a desilusão é total.
Como é possível depois de tanto esforço a juntar "tampinhas" simplesmente nos digam que por o Ricardo ter nascido no interior alentejano e não existirem aqui empresas nem instituições que façam a troca, vai ter de continuar sem uma cadeira que tanta falta lhe faz.
Mas decidimos não baixar os braços e continuamos a juntar "tampinhas" temos uma casa cheia delas prontas para serem trocadas por uma cadeira nova para o Ricardo e ainda hoje continuamos a juntar.
Como é óbvio estamos indignados por sermos tratados assim, somos discriminados, que culpa temos de morarmos no interior alentejano, será que somos menos dignos que aqueles que moram no litoral ou que não temos os mesmos direitos neste País.
Foi então que decidimos pedir a V/ preciosa ajuda, pois neste momento temos uma casa cheia de tampas prontas para a troca e ninguém as quer.
Agradecíamos que alguém se lembre do nosso Ricardo, um miúdo impecável e com apenas 25 anos ao qual apenas gostaríamos de dar uma vida mais digna.
Contactos:
Telefónico -(+351) 285253974 / 967649723

Email: susana.barao@hotmail.com / ana_frasquilho@hotmail.com


Pensava eu que isto só era possivel em Paises do terceiro Mundo.

Todos Juntos podemos ajudar o Ricardo.